Não me apego a fotos
Eu só quero os fatos
Que mostram a realidade
Sem precisar fingir
Sem precisar mentir
E nem esconder
A lágrima de dor
Que há por trás do sorriso falso
No porta-retrato
Da mesa do quarto.
Não me apego aos sonhos,
Só quero a verdade
Sem a ilusão
Que cega a visão
E quebra o coração.
Agora sem amores
Experimento a solidão
Que vem junto com as flores
Enfeitar o meu caixão.
O caixão que sempre vem
Para enterrar o meu
passado,
Foi tão bom quando aconteceu,
Mas passou o tempo e morreu.
Amar pela metade
É sempre o meu destino,
E quando me animo
Então surge o empecilho
E a morte me seguindo
Nesta condenação,
Tantos à minha volta
Mas só perco a paixão.
Neste cemitério
Chamado minha vida
Estou sempre de partida
Dando adeus à alegria
Nesta mais triste canção.
Não me apego a fotos
Eu só quero os fatos
Que mostram a realidade
Sem precisar fingir.
Não me apego aos sonhos
Só quero a verdade
Sem a ilusão
Que cega a visão.
Todos tem a sorte
De amar alguém,
Meu azar é forte
Nunca me amou
Quem eu amei.
Agora sem amores
Experimento a solidão
Que vem junto com as flores
Enfeitar o meu caixão.
O caixão que sempre vem
Pra enterrar o meu passado,
Foi tão bom quando aconteceu,
Mas passou o tempo e morreu!
Acreditar que sou feliz
É o mesmo que pensar
Que é possível eu sozinha transformar
Toda a cidade de São Paulo
Em um lindo campo
De flores perfumado sem poluição
Sem bandidos, sem tiros
E sem corrupção!
Agora sem amores
Experimento a solidão
Que vem junto com as flores
Enfeitar o meu caixão!
O caixão que sempre vem
Pra enterrar o meu passado,
Foi tão bom quando aconteceu,
Mas o tempo e morreu.
Jamila Mafra
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